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sábado, 11 de junho de 2011

Museu Iberê Camargo

Cláudia de Bem e os seus alunos de Iluminação Artificial visitaram o Museu Iberê Camargo.

Como tarefa, eles deveriam ficar dentro do museu em silêncio por cinco minutos e após escrever em uma folha de papel a sensação provocada pelo espaço.

A aluna Dulce Scalzilli descreveu o seu depoimento, mostrando bastante sensibilidade:



UMA TARDE NO MUSEU
                                                                    SUBJETIVIDADES
E cá estamos nós novamente, na nossa pequenez cultural, tentando encontrar nosso espaço nessa imensidão de talento, cultura, percepção...
A chegada à garagem já impressiona, com sua entrada situada estrategicamente no lado oposto ao museu, ao mesmo tempo facilitando o acesso para quem vem pelo lado com maior fluxo de veículos, num nível subterrâneo, como se estivesse realmente marcando meu ingresso a outro universo... A amplidão, a limpeza, o uso de materiais diferentes, nada que lembre um estacionamento como estamos acostumados.
Agora em frente ao museu, antes de entrar, o visual do rio, lago, estuário, ou seja lá que nome queiram dar, Guaíba, é uma obra à parte. Ele se impõe orgulhoso, e então pensei: agora o rio é o museu, e o museu é a obra do artista em exposição permanente, pois é o rio o guardião do museu. Quando lá dentro o rio é uma das obras, um quadro que, conforme a hora do dia, varia suas luminescências, do prata ao dourado, do azul noite ao azul prateado, alternando dias e noites, num ritmo constante mas imperceptível, como o ritmo das suas águas.
Entrar no museu... Ah, entrar no museu deu a real significância de mim mesma: lá dentro fiquei pequena, quase não existo.
Uma beleza imponente, uma escultura urbana, que nos permite passear por dentro dela, quase a deslizar por seus ambientes, suas rampas com suas clarabóias.
E ainda tive o privilégio de conhecer o museu com uma exposição que o torna ainda mais belo.
Custei a perceber que o ambiente tinha uma iluminação mais fraca, pois as luzes tinham sido diminuídas para receber e melhor admirar a obra de Regina Silveira.
 Sim, por que a obra de Regina Silveira não está apenas exposta, ela atesta, ela ratifica, se torna cúmplice da grandiosidade e beleza do museu e este, por sua vez, permite até que uma parede ou outra seja modificada, algumas luzes sejam apagadas sem que o seu próprio brilho seja alterado.

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